O presidente Lula (PT), pode ser muitas vezes descrito como um verdadeiro “príncipe” nos moldes de Maquiavel, demonstra uma flexibilidade moral que se ajusta às circunstâncias. Enquanto alguns se prendem a princípios éticos, Lula parece navegar por um cenário político sem a rigidez moral que limita outros líderes. Seu retorno ao poder é interpretado como uma busca incessante pelo domínio, sem restrições morais.
O Teatro Político e a Ascensão do “Sul Global”
A cerimônia de 8 de janeiro, que celebrou a suposta estabilidade democrática e coroou Lula como defensor da democracia, deu ao ex-presidente a confiança necessária para abandonar a incômoda fachada democrática. Agora, Lula busca liderar o “Sul global”, um bloco que reúne ditadores e autocratas em uma tentativa de confrontar o Ocidente. Sua postura pública recente, endossando acusações infundadas contra Israel, mostra sua disposição de assumir uma posição mais abertamente populista e contrária à tradição diplomática brasileira.
Os principais veículos de imprensa nacional, incluindo Estadão, O Globo e Folha de S.Paulo, não pouparam críticas à recente postura de Lula em relação a Israel. A acusação de genocídio, endossada pelo Brasil, foi considerada gravemente irresponsável, banalizando o termo e comprometendo a tradição equilibrada da diplomacia brasileira. As críticas ressaltam o duplo padrão moral de Lula e sua oscilação em questões de direitos humanos, conforme apontado por organizações como a Human Rights Watch.
Em meio a um cenário global turbulento, a postura de Lula levanta questionamentos sobre sua verdadeira inclinação democrática. Sua disposição em se aliar a regimes e líderes antidemocráticos, somada ao descaso por acordos internacionais e sua preferência pelo BRICS, composto por nações com históricos liberticidas, sugere uma mudança significativa na essência democrática que Lula busca representar. A máscara democrática parece estar em queda livre, revelando uma essência que vai além do teatro político.
