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Lula diz que big techs ganham dinheiro com “mentiras e aberrações”, e que regulamentação é urgente

O cenário político brasileiro pode estar prestes a testemunhar uma importante rodada de conversas. Nesta terça-feira (16) em entrevista exclusiva à RECORD, o presidente Lula afirmou que pretende dialogar com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Lewandowski, a fim de elaborar uma nova proposta de regulação.

Este anúncio foi feito durante uma breve entrevista e promete reacender debates em diversos setores.

“Eu sou a favor de que a gente tenha uma regulação. Uma regulação urgente, porque essas empresas não pagam imposto no Brasil. Essas empresas ganham bilhões de publicidade, essas empresas têm muito lucro com a disseminação do ódio nesse país e no mundo inteiro. Então, eu acho que nós temos que tomar uma decisão”, frisou.

Regulação

“Quero dizer com muita veemência de que não é possível essas empresas continuarem ganhando dinheiro disseminando mentiras, disseminando inverdades, fazendo provocação, campanha contra a vacina, campanha favorável a isso, campanha favorável àquilo, sem levar em conta nenhum compromisso com a verdade”, acrescentou o presidente.

AGORA: Lula diz que big techs ganham dinheiro com 'mentiras e aberrações ', e que regulamentação é urgente

O que Esperar da Proposta de Regulação?

Detalhes mais concretos sobre a proposta a ser discutida ainda são escassos. No entanto, espera-se que a conversa entre o presidente e Lewandowski toque em temas sensíveis e de grande impacto para a sociedade. A análise crítica e a revisão de leis podem levar a ajustes que refletirão em diversos aspectos da vida nacional.

Impacto Social e Econômico da Regulação mencionada por Lula

A revisão de leis e a implementação de novas regulamentações têm o potencial de afetar diretamente a economia do país e a qualidade de vida dos cidadãos.

“As aberrações que nós assistimos com a questão climática no Rio Grande do Sul, a quantidade de mentiras, sem nenhum respeito, sem nenhum pudor, o sofrimento das pessoas. E isso eram milhares de visualizações. Ou seja, gente ganhando dinheiro com a desgraça dos outros. Então, eu sou favorável à regulação”, completou Lula.

Lula mencionou o projeto de lei relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) sobre o tema. Em abril deste ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), optou por descartar o parecer do deputado, considerando o texto muito polêmico, e anunciou a formação de um grupo de trabalho para elaborar outro relatório.

O presidente expressou perplexidade quanto ao motivo pelo qual o relatório de Silva não avançou na Câmara, mas enfatizou que o Executivo pode criar uma medida provisória ou um projeto de lei com urgência para acelerar a votação.

“Se necessário, o governo pode apresentar uma proposta. Pode ser uma medida provisória ou um projeto de lei. A decisão deve ser discutida com o Congresso para determinar a melhor forma de tramitação. Podemos optar por uma medida provisória ou um projeto de lei com caráter de urgência urgentíssima, que seria votado rapidamente”, comentou.

Lula também destacou a importância do diálogo, lembrando que, assim como a política tributária foi aprovada após 40 anos, a regulação das empresas também pode ser alcançada por meio de discussões.

“É fundamental envolver o Congresso, o presidente da Câmara, o presidente do Senado, os líderes partidários e o governo na construção dessa proposta. Devemos ouvir os empresários e todos os envolvidos no assunto. Não queremos deixar ninguém de fora. O status quo não pode persistir”, concluiu.