O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em silêncio sobre o estupro de mulheres israelenses pelo Hamas divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas). O relatório, de 24 páginas, diz que “foram reunidas informações circunstanciais críveis, que podem ser indicativas de algumas formas de violência sexual, incluindo mutilação genital, tortura sexual ou tratamento cruel, desumano e degradante”.
Mais: “A equipe da missão (da ONU) encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar acontecendo”.
No mesmo dia em que a ONU confirmou uma série de violências contra os reféns israelenses, o Hamas agradeceu Lula e se disse “honrado” com as declarações do brasileiro.
O terrorista palestino Basem Naim, alto dirigente do Hamas, afirmou que o grupo está “honrado” pelas declarações de Lula sobre o conflito em Gaza, dentre as quais a falsa comparação entre a situação no Oriente Médio e o Holocausto.
“Estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa palestina e, especificamente, exigir um cessar-fogo”, afirmou Naim em mensagem de vídeo enviada ao Partido da Causa Operária (PCO) e divulgado nesta segunda-feira, 4 de março.
Lula tira foto com bandeira da Palestina e diz que “tempo provará” que estava certo por críticas a Israel
Lula da Silva reiterou suas críticas à ação militar do governo de Israel na Faixa de Gaza e voltou a defender a criação de um Estado palestino.
Ao participar da abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, na noite de segunda-feira, 4, em Brasília, Lula pediu o fim do conflito entre o exército israelense e o grupo terrorista Hamas.
“Vocês estão lembrados, há 20 dias, como eu apanhei pelo que eu falei da Palestina. Com o tempo, a gente vai provar que eu estava certo. O povo palestino tem o direito de viver, de criar o seu país”, afirmou o petista, aplaudido pela plateia que acompanhava o evento.
“Você não pode fazer o que foi feito: anunciar comida e mandar torpedo, mandar bala e morte para aquelas pessoas. Até quando a gente vai ter medo? Até quando a gente vai se curvar?”, completou Lula.
Em seguida, o presidente da República ergueu uma bandeira da Palestina, ao lado do poeta pernambucano Antônio Marinho.