O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (30) que compreenderá se Gabriel Galípolo, seu indicado para a presidência do Banco Central (BC), precisar defender um aumento na taxa básica de juros em algum momento, desde que apresente a devida fundamentação. Lula elogiou Galípolo, descrevendo-o como “extremamente competente” e “um brasileiro que gosta do Brasil”.
– Ele [Galípolo] trabalhará com a mesma autonomia que concedi a Meirelles [Henrique Meirelles, que presidiu o BC de 2003 a 2011], pois agora ele tem um mandato de quatro anos, igual ao de um presidente da República. Isso lhe dá a liberdade para tomar as decisões corretas. Se for necessário reduzir os juros, ele o fará; se for necessário aumentar, ele aumentará. No entanto, será preciso explicar essas decisões, pois o BC também deve ter uma meta de crescimento, caso contrário, não avançaremos – declarou Lula.
O petista também ressaltou que o presidente do BC não deve defender apenas os interesses do sistema financeiro e do mercado, mas sim “gostar do país” e “pensar na soberania nacional”.