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Lula transforma chegada de brasileiros em ato anti-Israel

A chegada de brasileiros e parentes nesta segunda-feira, 13, serviu de comício para que Lula fizesse acusações gravíssimas a Israel, num momento de crescimento do antissemitismo no mundo e no Brasil.

“Eu nunca vi uma violência tão bruta, tão desumana contra inocentes. Se o Hamas cometeu um ato de terrorismo, o Estado de Israel também está cometendo um ato de terrorismo“, declarou Lula, posicionando seu governo ainda mais contrário ao país vítima dos ataques de 7 de outubro. O chanceler Mauro Vieira adotou um tom mais diplomático e protocolar.

Os 32 brasileiros e parentes, vindos de Gaza, chegaram ontem na Base Aérea de Brasília. O avião VC-2 pousou às 23h24h trazendo 22 brasileiros, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos parentes próximos de brasileiros.

Ao receber os brasileiros, o presidente deu sequência a um discurso iniciado horas antes, durante cerimônia no Palácio do Planalto para a sanção da nova Lei de Cotas. “A solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi a do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério. Joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que é um terrorista está lá, não tem explicação”, disse o petista na ocasião, ecoando a narrativa do grupo terrorista Hamas.

Lula também insinuou que faltou “boa vontade” de Israel para liberar os brasileiros que estavam tentando sair de Gaza desde o início da reação israelense aos ataques do Hamas. “Nós estamos trazendo o que foi possível liberar, com muito sacrifício, porque dependia da boa vontade de Israel, dependia de uma quantidade de pessoas que a gente não sabia”, disse.

Os terroristas do Hamas se escondem e disparam contra Israel a partir de áreas de hospitais e escolas, usando o povo palestino como escudo humano, enquanto as tropas israelenses buscam evacuá-las antes dos bombardeios. Nenhum hospital foi atacado pelas Forças de Defesa de Israel até o momento. Também não há qualquer evidência de que Israel tenha atuado para dificultar a saída dos brasileiros e seus familiares de Gaza.