O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, negou nesta quinta-feira (19) a existência de presos políticos no país e afirmou que os detidos durante a crise pós-eleições presidenciais de julho são indivíduos que cometeram ataques e “mataram”.
— Dizem que são presos políticos, mas não são presos políticos. São pessoas que queimaram, atacaram, ameaçaram, agrediram, destruíram e mataram — declarou o ditador venezuelano em um evento político.
Maduro ainda afirmou que “nem o terror nem o fascismo triunfaram, mas sim a paz e a vida”.
Diversas ONGs e organizações internacionais denunciaram uma intensificação da repressão na Venezuela após as eleições presidenciais de 28 de julho. Os protestos contra o resultado, que garantiu a reeleição de Maduro, foram contestados pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.
Nesta quinta-feira, a ONG venezuelana Provea pediu a concessão de medidas humanitárias para a libertação de presos políticos. Segundo outra ONG, a Foro Penal, o número atual de presos políticos no país é de 1.877.
Na última segunda-feira (16), o Ministério Público informou que 533 pessoas detidas após as eleições foram libertadas após um pedido ao Poder Judiciário.