O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou nesta quinta-feira (24), antes de viajar a Roma para o funeral de Estado do papa Francisco, que o pontífice “foi o argentino mais importante da história da Argentina”.
– Goste a quem gostar, o papa Francisco, Jorge Bergoglio, foi o argentino mais importante da história da Argentina. Ele se tornou o líder espiritual de mais de 1,5 bilhão de seres humanos – disse o chefe do Executivo argentino à “Radio Rivadavia”.
Milei se referiu ao falecido papa como “uma pessoa de enorme importância”.
– Tivemos o privilégio de ele ser argentino e, como chefe de Estado, não posso deixar de comparecer a um evento com essas características, especialmente porque o povo argentino é um povo católico – justificou.
O governante também enfatizou que espera “representar à altura das circunstâncias os argentinos, que têm uma fé católica e que basicamente viram no papa Francisco um líder que era claramente um líder impressionante”.
– Quando o conhecemos depois, aqueles de nós que tiveram a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e saber como ele age na política internacional e assim por diante, sabemos a estatura política que ele tinha – acrescentou o presidente.
Ao receber a notícia da morte do papa, o governo argentino decretou sete dias de luto nacional e suspendeu as agendas executivas e legislativas da semana.
Antes de se tornar presidente, quando ainda era deputado, Milei criticava duramente o papa Francisco, acusando-o de ser “cúmplice dos esquerdistas assassinos” e “representante do maligno na Terra”, além de chamá-lo de “comunista” e “imbecil” por seu trabalho em bairros pobres e favelas do país.
O presidente mudou drasticamente seu tom quando se tornou presidente, em dezembro de 2023, e até visitou Francisco no Vaticano.