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Ministro de Lula acusa plataformas de redes sociais de serem ‘colonizadas por extremistas’

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, destacou, nesta quarta-feira, 1º, a importância da regulamentação das plataformas digitais. Durante evento paralelo ao G-20, ele argumentou, segundo a Folha de S.Paulo, que a falta de regras facilita a ação de extremistas e do crime organizado nas redes sociais.

“As redes sociais estão sendo colonizadas por extremistas e pelo crime organizado, que precisam dessa falta de regras para prosperar”, afirmou Almeida. O ministro também ressaltou a incompatibilidade entre os valores de democracia, soberania e direitos humanos e as práticas das empresas de mídia social.

Já Nell McCarthy, vice-presidente de desenvolvimento de políticas de conteúdo da Meta, defendeu a ideia de que as tensões políticas e sociais não são exclusivas do ambiente on-line e que o ódio e a violência são anteriores às redes sociais.

Ela se disse contra a centralização da decisão sobre o que é certo ou errado por um pequeno grupo na Califórnia. McCarthy destacou o esforço da Meta em criar um ambiente em que as pessoas possam se comunicar livremente, contando com a colaboração de agências de checagem de fatos.

No mesmo evento, Orlando Silva (PC do B-SP), deputado federal e relator do projeto de lei das fake news, expressou seu pessimismo quanto à tramitação do projeto.

Apoio do deputado Arthur Lira foi lembrado

O deputado disse que a resistência das grandes empresas de tecnologia e a aliança destas com a extrema direita são obstáculos significativos.

Silva criticou ainda a oposição à regulamentação, ao destacar que a ausência de regras beneficia apenas um grupo pequeno e alimenta a polarização política.

Ele mencionou o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), à regulamentação e sugeriu a elaboração de um projeto de lei mais conciso como estratégia para avançar na discussão.

Foto: Tatiana Nahuz/MDHC