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Missão da ONU alerta que Maduro reativou “repressão mais violenta” na Venezuela

A Missão Internacional Independente da ONU para a Venezuela alertou nesta quarta-feira (20) sobre a reativação da “modalidade mais violenta de repressão” pela ditadura de Nicolás Maduro. O relatório apresentado pela presidente da missão, Marta Valiñas, ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, destaca uma nova onda de detenções de opositores, acusados de supostas conspirações, como a Operação Pulseira Branca.

Valiñas enfatizou que o regime venezuelano invoca conspirações reais ou fictícias para intimidar, deter e processar pessoas que se opõem ou criticam o governo. Ela destacou uma transição de uma fase menos repressora para uma mais violenta, ativada para silenciar as vozes da oposição a qualquer custo.

O relatório aponta que, em janeiro, Maduro pediu a ativação da “Fúria Bolivariana”, alegando ter frustrado quatro conspirações para assassiná-lo ou organizar golpes de Estado no ano anterior. Uma das supostas conspirações mencionadas foi a Operação Pulseira Branca, que resultou na despromoção e expulsão de 33 soldados e na detenção de críticos do regime, incluindo líderes de campanha do partido Vamos Venezuela e defensores dos direitos humanos.

Rocío San Miguel, detida em fevereiro sem ordem judicial, ficou desaparecida por cinco dias até ser localizada em El Helicoide, um centro de tortura documentado pela missão. Além disso, outras 18 mulheres permanecem detidas sob a acusação de conspiração para derrubar o governo.

Valiñas também questionou a implementação do acordo assinado entre a ditadura e a oposição para permitir a participação nas eleições de 28 de julho deste ano. Ela citou a suspensão das primárias da oposição em outubro passado e a inabilitação política de María Corina Machado como exemplos das dificuldades na implementação do acordo.

A presidente da missão alertou para os mandados de prisão contra 14 pessoas, incluindo líderes da oposição como Juan Guaidó e Leopoldo López, por suposta ligação com uma conspiração contra o referendo consultivo sobre a Guiana Essequiba.