O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), posicionou-se contra a realização de buscas no gabinete do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), na Câmara dos Deputados, alinhando-se ao parecer da Procuradoria Geral da República (PGR). Moraes, que lidera a investigação sobre os assassinatos de Marielle Franco (Psol-RJ) e seu motorista, Anderson Gomes, em 2018, considerou que não existem evidências suficientes para sugerir que o deputado utilizou seu cargo para ocultar provas na casa parlamentar.
A operação de domingo, autorizada por Moraes, resultou na prisão de três suspeitos de envolvimento direto no caso: Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ; o próprio Chiquinho Brazão; e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, acusado de obstrução à Justiça. A investigação também estendeu a mão da lei a figuras próximas, determinando a suspensão e aplicação de medidas cautelares a dois funcionários da Polícia Civil do Rio e a Érica Andrade de Almeida, esposa de Barbosa, implicada no financiamento dos agentes obstrutores.
Os apontamentos da PF indicam Ronnie Lessa, ex-policial militar, como o gatilho dos disparos, enquanto Élcio Queiroz, ex-PM, e Maxwell Simões Correia, ex-bombeiro, juntamente com Edilson Barbosa dos Santos, apelidado de Orelha, aparecem como peças chave no complexo quebra-cabeça.
Foto: Ministro do STF Alexandre de Moraes – foto: Agência Senado