Ministro do STF considerou que medida cautelar ainda é necessária para investigação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que tentava derrubar uma medida cautelar do magistrado que impede que o dirigente da sigla se reúna com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Procuradoria-Geral da República (PGR) já tinha se posicionado a favor da manutenção da medida.
Na decisão, Moraes afirmou que as medidas cautelares aplicadas “se mostravam, e ainda se revelam, necessárias e adequadas, pois a investigação ainda se encontra em andamento, com análise de todo material apreendido e oitiva de novas testemunhas sobre os fatos”. Procurada pela CNN Brasil, a defesa de Bolsonaro não se pronunciou sobre o caso.
A decisão de Moraes de vetar o contato entre Valdemar e Bolsonaro foi dada em fevereiro deste ano, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de uma organização criminosa que teria atuado em uma suposta tentativa de “golpe de Estado” cujo objetivo seria manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Desde a decisão, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a defesa de Bolsonaro já pediram a Moraes para revogar a proibição, mas o ministro tem mantido a decisão tomada no início do ano. O principal argumento da defesa do ex-presidente é de que a proibição de contato entre ele e Valdemar estaria comprometendo as articulações do PL para as eleições municipais de 2024.