Mais cedo, o ministro impôs censura a meios de comunicação a fim de preservar o passado de Arthur Lira
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, desistiu de censurar veículos de imprensa. As duas decisões foram tomadas ainda nesta quarta-feira (19).
O magistrado, atendendo a um pedido da defesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), censurou veículos de imprensa, determinando a remoção de conteúdos sobre Jullyene Lins, ex-mulher de Lira, que teria sofrido agressões do então esposo.
A decisão do ministro mirava em dois vídeos, sendo um deles uma entrevista realizada pela Folha de S.Paulo, em 2021, e outro do site Mídia Ninja, além de uma reportagem do portal Terra e do site Brasil de Fato. Essas matérias são referentes ao depoimento de Jullyene.
O despacho em que Moraes recua da decisão apenas contempla links da Folha, do portal Terra e do site Brasil de Fato.
A ex-mulher do parlamentar, em entrevista à Folha, relatou que Lira a agrediu fisicamente e a ameaçou para que ela mudasse seu depoimento acerca das agressões, que teriam ocorrido em 2006.
Moraes havia imposto aos responsáveis pelo referido conteúdo até duas horas para a remoção do material, considerando “qualquer postagem com conteúdo veiculando matéria idêntica a dos URLs acima mencionados, sob pena de multa diária de R$ 100 mil”.
A Folha informou que a veiculação deixou de constar em sua página no YouTube aproximadamente à meia-noite desta quarta.