O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou-se a desbloquear as contas do ex-delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, incluindo seu salário. Rivaldo, preso desde 24 de março sob suspeita de orquestrar o homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, havia solicitado a liberação de suas finanças, argumentando serem elas o sustento de sua família.
A defesa de Rivaldo buscou ainda, sem sucesso, modificar o horário de recolhimento domiciliar de Érika Andrade de Almeida Araújo, sua esposa, implicada na gestão de negócios suspeitos de lavagem de dinheiro oriundo de atividades ilícitas. Érika reivindicou a necessidade de ajuste para buscar a filha na universidade, dada a impossibilidade de auxílio por parte de Rivaldo, confinado pelas investigações em curso.
Moraes, ao negar ambos os pedidos, enfatizou a importância de os requerentes se adaptarem às restrições impostas, não o contrário, e sublinhou a ausência de circunstâncias extraordinárias que fundamentassem a flexibilização das medidas cautelares.
Rivaldo Barbosa é suspeito de ter articulado, em conluio com Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o assassinato de Marielle Franco.
Foto: Fellipe Sampaio / STF