Morreu na tarde desta sexta-feira (17) o deputado estadual Amarildo Cruz (PT) aos 60 anos. Ele foi internado na tarde da última terça-feira (14) no Hospital Proncor em Campo Grande diagnosticado com quadro viral que evoluiu para miocardia.
Após significativa piora no estado de saúde com paralisação dos rins na madrugada de quinta-feira (16), ele passou o dia sendo submetido a procedimentos, mas não resistiu.
A família deixou o Hospital Proncor esperançosa no fim da tarde de ontem, mas no início da tarde de hoje, o irmão do deputado, Lincoln Cruz, informou o falecimento em grupo de WhatsApp. “É com uma dor imensurável que está dilacerando o meu coração que comunico o falecimento do meu querido irmão Amarildo Cruz”.
Segundo Lincoln, o deputado teve uma terceira parada cardíaca no início desta tarde. “Após estar lutando bravamente pela vida nos últimos três, quatro dias. Agradeço a todos que o amam, pelas orações e peço a Deus Pai Todo Poderoso, que o acolha em seu reino e conforte os nossos corações”.
A internação – Na manhã de terça, o petista participou normalmente das atividades no parlamento, tanto que concedeu entrevistas e conversou com colegas. Mais tarde, no entanto, foi hospitalizado às pressas. Com quadro agravado, foi entubado na quarta-feira (15) e precisou passar por diálise devido à paralisação dos rins. Os familiares emitiram nota pedindo orações.
Com suspensão da sessão na Assembleia Legislativa a pedido do deputado Pedro Kemp (PT), informações sobre o possível óbito começaram a se espalhar pelas redes sociais e aplicativos de mensagens.
Na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores chegaram a fazer um minuto de silêncio pela suposta morte do deputado, fato negado minutos depois pela assessoria que ressaltou, naquele momento, que o estado de saúde permanecia gravíssimo e irreversível, chegando a ter parada cardiorrespiratória.
História – Eleito com 17.249 votos em 2022, ele integrava a bancada do PT, na Casa de Leis. Estava no seu quarto mandato e há quase quatro décadas atuando ativamente dentro do partido. Na última Legislatura, o petista era o primeiro suplente da legenda e assumiu o mandato tampão na cadeira de Cabo Almi, vítima da covid-19, em 2021.
Defensor das causas sociais, sempre trabalhou pelo fortalecimento dos servidores e do serviço público. Foi um dos fundadores do Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais de Mato Grosso do Sul, atual Sindifiscal/MS, onde foi secretário geral e presidente. Buscou a união da categoria, conseguiu avanços significativos e contribuiu em momentos importantes da história do sindicato.
Natural de Presidente Epitácio (SP), próximo de Bataguassu, ele se mudou para o Estado com 18 anos, em 1981, quando foi aprovado em concurso público de Fiscal Tributário Estadual em Mato Grosso do Sul. Formou-se em Direito, cursou Ciências Contábeis, pós-graduou-se em Gestão Pública e especializou-se em Ciência do Direito.
Amarildo deixa esposa, 3 filhos e uma história de luta dentro do partido. Ainda não há informações sobre velório e enterro.