O Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apagou a nota que havia sido publicada no site oficial sobre o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel. O conteúdo afirmava que a Palestina agiu de “maneira legítima” às agressões de Israel e não citava nominalmente o Hamas, que em ação no último sábado (7) que deixou milhares de civis mortos na Faixa de Gaza.
A atitude, no entanto, não se tratou de exatamente de um “recuo”. O MST afirmou que apagou a nota devido ao uso indevido do conteúdo para produção de “fake news” contra o movimento.
– O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Brasil mais uma vez reitera nosso apoio total e irrestrito à luta do povo Palestino pela sua autodeterminação e contra a política de apartheid implementada por Israel. A Resistência Palestina, desde Gaza, reagiu, de maneira legítima, às agressões e à política de extermínio que Israel implementa na região há mais de 75 anos – afirmava o texto publicado nesta segunda-feira (9). A nota foi deletada nesta terça (10).
O texto ainda dizia que o Estado de Israel transformou a região da Faixa de Gaza em uma “prisão a céu aberto” e um “campo de concentração isolado do resto do mundo”.
– Um dos territórios mais densamente povoados do mundo, em que as pessoas não tem a liberdade de ir e vir; são privados de comida, água, medicamentos, energia, assistência médica, entre outros direitos – disse o grupo.
Em nota, a organização afirmou que o texto divulgado resultou em “disseminação de fakes news” que colocaram o movimento como apoiador do grupo terrorista Hamas. O MST também reiterou solidariedade “à luta do povo palestino por sua libertação contra o apartheid feito por Israel”.