O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques arquivou a solicitação de investigação feita por Sara Azevedo, ex-presidente do diretório estadual do Psol de Minas Gerais, contra o governador mineiro Romeu Zema (Novo) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
A solicitação da extrema esquerda foi feita devido à participação deles no ato pela democracia na Avenida Paulista em 25 de fevereiro.
Sem apresentar provas à Corte contra os políticos da direita, e com base em “segundo relatos de diversos cidadãos”, a psolista argumentou que Zema e Nikolas teriam cometido “crime de peculato”.
Segundo Sara, supostamente, eles teriam usado os recursos públicos para participar do evento organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prol da liberdade no Brasil.
A decisão de Marques
Assinado em 8 de março, em decisão técnica, o ministro Nunes Marques entendeu que tal denúncia não cabe ao STF, mas à polícia ou à Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Os fatos narrados e suas eventuais provas devem ser apresentados perante a autoridade a quem compete investigar e representar por abertura de inquérito perante esta Suprema Corte e não diretamente aqui”, escreveu o magistrado na decisão.
Entenda o que é peculato
Peculato é um crime que consiste no desvio, apropriação ou subtração de dinheiro, bens ou valores da administração pública.
Em seu pedido de investigação ao STF, a militante Sara sugeriu que Zema e Nikolas teriam utilizado “passagens aéreas custeadas pelo Poder Público, carros oficiais, segurança pública e outros possíveis recursos públicos” para a viagem a São Paulo no dia 25 de fevereiro em apoio a Bolsonaro.
Quem é a militante psolista Sara Azevedo
Nascida em Belém, no Pará, Sara Azevedo é professora de educação física da rede pública de ensino básico da capital mineira, Belo Horizonte.
Em 2022, a militante da extrema esquerda, ex-presidente do diretório do Psol em Minas Gerais, concorreu a uma vaga no Senado, obtendo apenas 1,10% dos votos, com 113.304.
O senador Cleitinho Azevedo (PSC-MG), apoiador de Bolsonaro e das pautas conservadoras, garantiu a cadeira em Brasília ao conquistar a confiança de 4.268.193 dos eleitores mineiros.