Em reportagem publicada na Edição 210 da Revista Oeste, Carlo Cauti aborda as políticas econômicas impostas pelo governo Lula, que vão contra o livre mercado e a privatização de determinadas companhias. Em certo ponto da matéria, o jornalista sinaliza: o mercado financeiro acordou em relação a isso — e deu fim à “lua de mel” com a gestão petista.
Leia um trecho da reportagem de Carlo Cauti sobre a relação do governo Lula com o mercado financeiro
“A interferência de Lula na Petrobras marcou o fim da lua de mel entre o mercado e o governo do PT. Os investidores acordaram com um balde de água fria e lembraram que se trata de um governo com viés intervencionista. Algo que pareciam ter esquecido.
Poucas horas depois do anúncio do não pagamento de dividendos, todos os maiores bancos brasileiros e internacionais, além das principais corretoras do mundo, cortaram suas recomendações em relação às ações da estatal.
Para o banco americano J.P. Morgan, foi o “pior cenário possível para os investidores” e uma “quebra de confiança no comando da empresa”.
Uma semana depois, uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest mostrou que o atual governo Lula é um dos mais impopulares da história entre os operadores do mercado financeiro. Somente 6% dos entrevistados avaliam o governo como ótimo ou bom. Em novembro 2023 eram 9%. Por outro lado, 64% têm uma avaliação negativa do Executivo. Eram 52% em novembro.
Para 71% dos banqueiros, traders, gestores e operadores entrevistados, a política econômica “está indo na direção errada”. Para a quase totalidade dos entrevistados, 97%, a decisão da Petrobras de não pagar dividendos foi errada, enquanto 89% disseram que a intervenção na Vale teria como efeito a redução dos investimentos estrangeiros no Brasil.”