O Alto Comissário da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu hoje (10) que os países trabalhem para ‘neutralizar’ os conflitos entre Israel e o Hamas.
Em comunicado, ele afirmou que o mundo está diante de uma situação “explosiva” e que todos devem “respeitar o direito humanitário internacional”.
Ontem, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou um “cerco completo” à Faixa de Gaza. Eletricidade, alimentos, combustível e água não serão fornecidos ao local.
O Alto Comissário da ONU disse que a medida “é proibida pelo direito humanitário internacional” e que este cerco pode agravar “seriamente” a já “terrível situação humanitária e de direitos humanos” no local.
“A imposição de cercos que ponham em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito humanitário internacional”, disse Türk. O Alto Comissário citou as ações do Hamas.
E prosseguiu: “profundamente chocado e consternado com as alegações de execuções sumárias de civis e, em alguns casos, de horríveis assassinatos em massa cometidos por integrantes de grupos armados palestinos”.
Para Türk, “civis nunca devem ser usados como moeda de troca”. Ele disse apelar “aos grupos armados palestinos para que libertem imediata e incondicionalmente todos os civis que foram capturados e ainda estão detidos”. “A tomada de reféns é proibida pelo direito internacional”.
A ONU diz que as operações aéreas israelenses atingiram grandes edifícios residenciais na Faixa de Gaza e locais que eram usados como escolas e agências de ajuda humanitária. “O direito internacional humanitário é claro: a obrigação de tomar cuidado constante para poupar a população civil e os bens civis continua aplicável durante os ataques”, disse Türk.