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Operação “Cascalhos de areia” mira corrupção em contratos que ultrapassam R$ 300 milhões

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) deflagrou na manhã desta quinta-feira, 15, a Operação Cascalhos de Areia, visando desarticular esquema de corrupção suspeito de movimentar mais de R$ 300 milhões.

São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão na Capital, decorrentes de decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o MPMS, a operação originou-se de um PIC (Procedimento Investigatório Criminal) que apura atuação de possível organização criminosa estabelecida para a prática de crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, relativos a contratos para manutenção de vias não pavimentadas e locação de maquinário de veículos junto ao Município.

Os contratos ultrapassam o valor de R$ 300 milhões.

Os mandados são cumpridos através da 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), com apoio operacional do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS).

Empreiteiro dos políticos, André Luis dos Santos, o ‘Patrola’ é alvo da operação

 

André Luís dos Santos, empreiteiro que se tornou alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) nesta quinta-feira, 15, é conhecido no meio político como ‘Patrola’.

O dono da ALS Logística e Transportes possui atualmente cinco contratos para rodovias estaduais e mantém, atualmente, R$ 195,8 milhões em obras públicas na região do Pantanal.

Além disso, tem outros R$ 25 milhões só em contratos vigentes com a Prefeitura de Campo Grande, todos para manutenção de vias não pavimentadas com revestimento primário.

Ele está implicado na investigação por indícios de corrupção nos contratos de cascalhamento e de locação de equipamentos com a Prefeitura de Campo Grande conquistados em 2018, quando Marquinhos Trad (PSD) era prefeito.

A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras) também foi alvo da operação e agentes do Gaeco estiveram no prédio, e conversaram com o secretário municipal de Obras, Domingos Sahib Neto, mas nada foi levado.