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Operação sobre cartões de vacina da Covid mira ex-prefeito no RJ

Polícia Federal realiza 2ª fase de operação que apura se houve fraude no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro

Agentes da Polícia Federal (PF) realizam, nesta quinta-feira (4), a segunda fase da Operação Venire, que apura se houve fraude nos cartões de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); da filha mais nova dele, Laura; além de assessores do político. Na primeira etapa, em maio do ano passado, os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

Dessa vez, entre os alvos da ação estão o secretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro e ex-prefeito da cidade fluminense de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), além da secretária de Saúde de Duque de Caxias, Célia Serrano. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As investigações da PF neste inquérito apuram se o sistema da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias foi usado, de forma irregular, para inserir nos registros de Bolsonaro, da filha e de assessores doses de vacina contra a Covid-19 que não foram aplicadas.

Na época em que a primeira fase da operação foi realizada, o ex-presidente negou a falsificação de seu cartão de vacina e ressaltou que não se vacinou contra a Covid. De acordo com Bolsonaro, ele teria recebido tratamento diferenciado em dezembro de 2022 ao entrar nos Estados Unidos por ainda ser chefe de Estado e, por essa razão, não lhe foi exigido comprovante de vacinação.

– O tratamento dispensado a chefes de Estado é diferente do cidadão comum. Tudo é acertado antecipadamente, e as minhas idas ao Estados Unidos, em nenhum momento, foi exigido o cartão vacinal. Então, não existe fraude da minha parte no tocante a isso – disse.