A nova operação da Polícia Federal (PF), denominada Tempus Veritatis ou “hora da verdade” em latim, teve como alvo o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados mais próximos. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), busca evidências que confirmem a suposta participação de Bolsonaro em um golpe de Estado frustrado, relacionado à disseminação da ideia de fraude nas eleições presidenciais de 2022.
Para a oposição, a rapidez e abrangência das ações da PF, juntamente com as recentes prisões de auxiliares militares de Bolsonaro, sugerem uma resposta imediata às declarações e gestos dos investigados. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, criticou o envolvimento do ministro Alexandre de Moraes do STF no caso, alegando que sua condição de investigado o impediria de julgar o caso.
Além disso, a oposição sugere que as movimentações judiciais podem estar sendo influenciadas pelo calendário eleitoral em curso, com a apresentação de candidaturas apoiadas por Bolsonaro e a expansão de seu partido. Essa percepção indica uma possível influência do contexto político nas ações judiciais, com interesse direto do presidente Lula (PT) e aliados.
A operação Tempus Veritatis, ao investigar uma suposta organização criminosa envolvida na tentativa de golpe, complementa a operação Lesa-Pátria, que investiga os atos de 8 de janeiro. Além de Bolsonaro, a nova operação mirou ex-ministros e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suspeito de difundir críticas ao sistema de votação e ser um dos destinatários da “minuta do golpe”.
Costa Neto, detido por posse de arma de fogo supostamente irregular, criticou as operações da PF, destacando a suposta perseguição a Bolsonaro. Ele chegou a afirmar que o ministro Alexandre de Moraes almeja ser candidato à presidência do Brasil.