Neste domingo (24/3), a Polícia Federal acusou o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, de planejar meticulosamente o ass@ssinato da vereadora Marielle Franco. O relatório da PF denuncia uma atuação de “desídia criminosa” por parte da Polícia Civil, indicando uma conspiração para que a investigação do crime fosse desde o início fadada ao fracasso.
A operação deste domingo também resultou na prisão dos irmãos Domingo e Chiquinho Brazão, identificados como os mandantes do crime pela PF. Segundo a autoridade federal, os Brazão são os “cérebros” por trás do atentado, com Barbosa executando o plano com precisão.
As ordens de prisão foram emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que no sábado (23/3) destacou a clareza com que o crime foi orquestrado pelos Brazão, e a execução cuidadosa por parte de Barbosa, apontando-o como um agente crucial no controle da execução do crime.
“Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte, junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, disse Marcelo Freixo em sua rede social X, o antigo Twitter.
Barbosa, que assumiu o comando da Polícia Civil na véspera do crime, em 14 de março de 2018, é apontado pela PF como peça-chave na “arquitetura do delito”. A investigação aponta ainda que a sabotagem às apurações começou nas horas iniciais após o crime, crucial para a coleta de evidências, configurando uma tentativa deliberada de enfraquecer o caso desde sua fonte.