A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), na tarde desta terça-feira, 03, alegando que ela violou as medidas cautelares impostas anteriormente no âmbito de uma investigação por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal.
De acordo com o pedido, assinado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, Zambelli teria mantido contato com um dos investigados no caso — uma conduta expressamente proibida pela decisão que autorizou a sua liberdade. Além disso, ela também teria feito postagens nas redes sociais que, segundo a PGR, tentam influenciar a opinião pública e interferir no andamento do processo.
A investigação diz respeito a um episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando a deputada sacou uma arma e perseguiu um homem pelas ruas de São Paulo. As imagens da cena repercutiram nacionalmente e levaram à abertura de um inquérito no STF, onde Zambelli foi denunciada pela PGR por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de violência.
Na manifestação enviada ao Supremo, o subprocurador destacou que as ações recentes da deputada demonstram “desprezo pelas determinações judiciais”, o que justificaria a prisão preventiva como forma de garantir a ordem pública e o andamento regular do processo penal.
O pedido ainda será analisado pelo relator do caso no STF, ministro Gilmar Mendes. Até o momento, a defesa de Zambelli não se pronunciou publicamente sobre a solicitação da PGR.