Personalidades da política em Mato Grosso do Sul criticaram a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar a candidatura do agora ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Por unanimidade, a Corte entendeu que ele infringiu a Lei das Inelegibilidades, que impede as candidaturas dos chamados “fichas sujas”.
Em postagem no Instagram, o deputado estadual João Henrique Catan criticou o TSE pela cassação. “É hora de reagirmos: nunca vi uma decisão mais asquerosa, repugnante, nojenta. Utilizar de futurologia para cassar, enquanto descondensa quem lesou a pátria. É hora do CN reagir e de voltarmos às ruas”, enfatizou o parlamentar.
Dallagnol foi o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou e puniu dezenas de políticos e empresários ligados ao maior esquema de corrupção da história. O TSE entendeu que ele se desligou na iminência de terem sido abertos processos administrativos contra ele, o que seria causa de inelegibilidade.
O deputado federal Marcos Pollon também se manifestou sobre o episódio de cassação. “Ainda que ele tenha tido o aval do TRE do Paraná para se candidatar, o TSE reviu esta decisão burocrática e optou por cassá-lo alegando, segundo a imprensa, que ele se candidatou para fugir de eventual e futura punição que receberia oriunda de processo em que sequer havia trânsito em julgado. Mais um absurdo jurídico que só partidários de uma ditadura conseguem defender. Foi alertado sobre isso em 2022, alguns acham que é brincadeira ou loucura dos “extremistas”. O rei está nu, mas não podemos perder a esperança”.
Capitão Contar também se manifestou em suas redes sociais, “uma inquisição política se alastra no Brasil. O pior é saber que isso já estava anunciado desde a descondenação do canhoto. A inércia nutriu o monstro vingativo que ora devora o sonho de uma pátria livre e democrática. O amor venceu, mas logo morreu de ódio”, finalizou.