Neste domingo (6), milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio à anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento, com cerca de três horas de duração, reuniu líderes políticos e religiosos que criticaram duramente o Supremo Tribunal Federal e defenderam os condenados. Logo após o ato, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), se uniu aos milhares de brasileiros insatisfeitos com tamanha injustiça e criticou a dosimetria das penas aplicadas aos réus.
Veja a publicação na íntegra:
Tereza Cristina participa de ato pró-anistia ao lado de Michelle Bolsonaro na Avenida Paulista
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) marcou presença, neste domingo (6), no ato pró-anistia realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a parlamentar sul-mato-grossense integrou a manifestação que reuniu milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e diversas lideranças da direita nacional.
A presença de Tereza Cristina foi registrada nas redes sociais do senador Carlos Portinho (PL-RJ), que compartilhou uma foto abraçado com a senadora e Michelle Bolsonaro. “Nossas mulheres de direita na política”, escreveu Portinho na legenda, exaltando a participação feminina no movimento bolsonarista.
Convocado por Bolsonaro e lideranças como o pastor Silas Malafaia, o ato teve início às 14h e teve como principal objetivo pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas, em Brasília.
O evento contou com a presença de dezenas de parlamentares e governadores aliados do ex-presidente, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC). Os manifestantes, muitos trajando verde e amarelo e empunhando bandeiras do Brasil, repetiram o visual característico dos atos bolsonaristas anteriores.
Tereza Cristina, que foi ministra da Agricultura no governo Bolsonaro e hoje é uma das principais vozes da oposição no Senado, reforçou sua proximidade com o núcleo político do ex-presidente. A participação ao lado de Michelle Bolsonaro é vista como uma sinalização clara de alinhamento com a mobilização pró-anistia, considerada uma das prioridades da base bolsonarista.
Apesar do apelo popular, o projeto de anistia ainda enfrenta forte resistência no Congresso. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não sinalizou intenção de colocar em pauta o requerimento de urgência apresentado pela bancada do PL. A proposta também é vista com cautela pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Palácio do Planalto, que consideram a medida uma ameaça à responsabilização dos envolvidos nos ataques antidemocráticos.
Mesmo diante das dificuldades, aliados de Bolsonaro seguem apostando em manifestações para pressionar o Legislativo. A expectativa é de que novos atos ocorram nas próximas semanas, reforçando a mobilização da base conservadora às vésperas das eleições municipais de 2024.
Políticos, influenciadores e jornalistas de direita representaram Mato Grosso do Sul na Paulista. Destaque para os deputados Marcos Pollon, Rodolfo Nogueira, João Henique Catan e Coronel David, todos do PL. A vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira, a influenciadora Juliana Gaioso e os jornalistas Roger Usai do Fato 67 e Rafael Bais do Política Voz, também marcaram presença na capital na Avenida Paulista.
Milhares de pessoas defendem anistia em ato na Paulista
Neste domingo (6), milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio à anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento, com cerca de três horas de duração, reuniu líderes políticos e religiosos que criticaram duramente o Supremo Tribunal Federal e defenderam os condenados.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atacou a versão de golpe armado. Segundo ele, “só um psicopata para falar que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro foi tentativa armada de golpe militar”.
O líder da direita também chamou de “absurda” a condenação de Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira presa por pichar “perdeu, mané” em estátua localizada na frente do Supremo Tribunal Federal.
– Não tenho adjetivo para qualificar alguém que condena uma mãe de dois filhos por um crime que não cometeu – disparou.
Em seu discurso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro falou sobre o caso de dona Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, que também está presa pelos atos de 8 de janeiro.
A presidente do PL Mulher se dirigiu diretamente ao ministro Luiz Fux e fez um apelo:
– Não deixe Adalgiza morrer, Luiz Fux. Não faça com essa mulher o que fizeram com o Clezão.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), por sua vez, elevou o tom contra o STF e afirmou:
– Ditadores de toga, principalmente Alexandre de Moraes, se utilizaram do dia 8 para nos amedrontar. Se lascou, olha a gente aqui! Essa é a resposta pra você, seu covarde!
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas(Republicanos), defendeu a anistia como pauta urgente e o pastor Silas Malafaia acusou diretamente o governo e a imprensa.
– Lula, a esquerda e a Globo estão contra o povo honesto, patriotas presos, condenados injustamente.
E deixou um aviso:
– Prender Bolsonaro? Pode não acontecer nada. Mas pode acontecer tudo.