A prefeita de Água Clara, Gerolina da Silva Alves (PSDB), prorrogou por mais 12 meses o contrato com a MS Brasil Comércio e Serviços, com o acréscimo de R$ 2,155 milhões. A empresa pertence a Edcarlos Jesus Silva e ambos são investigados pela Operação Cascalhos de Areia, do Ministério Público Estadual (MPE), por suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Campo Grande.
Este é o terceiro aditivo que a MS Brasil conquista com a Prefeitura de Água Clara, conforme publicação no Diário Oficial do Estado do último dia 15 de setembro. Com o novo acordo, o valor global do contrato chega a R$ 6,269 milhões, um acréscimo de quase 300% em dois anos.
A MS Brasil Comércio e Serviços é responsável pela execução, em caráter contínuo, dos serviços públicos essenciais de manutenção, conservação e limpeza urbana, como varrição manual, pintura de meio-fio, poda de árvore e limpeza de bueiros.
O novo aditivo foi assinado pela prefeita Gerolina da Silva Alves, o secretário de Infraestrutura, Glaycon Rodrigues Ignácio, e o representante da empresa, Edcarlos Jesus Silva. No dia da assinatura, 26 de agosto, já era de conhecimento público a Operação Cascalhos de Areia, deflagrada em 16 de junho.
Entre os indícios de irregularidades, os promotores apontam que houve transferência de R$ 4,6 milhões da MS Brasil para a A.L dos Santos, do empresário André Luiz dos Santos, o André Patrola.
Os promotores de Justiça demonstraram que a MS Brasil no período entre julho de 2017 a fevereiro de 2018, mesmo aparentando não possuir estrutura, e em total desconformidade com a sua atuação histórica, a empresa conquistou contratos com as prefeituras de Campo Grande e de Três Lagoas, no valor global de R$ 102.971.200,90.