A prefeitura de Campo Grande (MS) tomou a decisão de intensificar, através de decreto, o combate a furtos e a comercialização de fios de cobre sem procedência na Capital. O decreto pune o estabelecimento que estiver sem a comprovação de origem dos materiais. O comerciante poderá ser multado em R$ 10 mil.
“O conhecimento da lei é de todos, mas agora nós vamos dar uma arrojada para o cumprimento da lei. O conhecimento que não se pode comercializar um fio que não tem uma procedência, isso é do conhecimento de todo estabelecimento. Mas agora criando, através deste decreto, apertando um pouquinho a situação, eu acho que a gente vai ter aí uma conscientização também da população de Campo Grande”, acredita a prefeita Adriane Lopes.
Em relação à parte criminal, o alvará do estabelecimento será cassado, ficando 10 anos sem comercializar. Além disso, é prevista a reclusão de 1 a 4 anos ao comerciante. A punição será a mesma para sócios envolvidos. Após a regulamentação, a prefeitura pretende agir em conjunto com Polícia Civil, Defesa Civil, Câmara Municipal e outros ajudando na conscientização.
“Além da Polícia Civil, a fiscalização da Semadur, as nossas forças também de segurança vão atuar juntas para que a gente possa coibir este problema em Campo Grande. Porque a cidade boa para se viver é cidade que tem regra de convivência. E é o que nós vamos buscar estabelecer a partir dessa ação”, disse a prefeita de Campo Grande.
A onda de furtos vem crescendo nos últimos meses na Capital. Em Setembro, equipes da Operação Ferro Velho, encontraram mais de 30 quilos de fios de cobre, em ferros-velhos da Capital.
Foram registradas 570 ocorrências de casos como vandalismo e destruição de material semafórico desde Setembro. Foram recolhidos 2671 metros de cabos elétricos roubados, o que gerou um custo de mais de 700 mil reais aos cofres públicos.
“De abril, de um ano e cinco meses que eu assumi a gestão, é em torno de 15 mil metros de fio que já foram furtados na cidade. O prejuízo é em torno de 200 mil reais. Em um ano e cinco meses. Mas você estimando, fazendo uma média desse número, é alarmante”, finaliza a prefeita.