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Presidente da Suzano que assinou ‘carta em defesa da democracia’ tem terras da empresa invadidas pelo MST

Na segunda-feira (27), na cidade de Mucuri (BA) em divisa com o Espírito Santo, mais de 2 mil militantes do MST ocuparam três unidades agrícolas da empresa Suzano. Hoje (2) a Justiça da Bahia determinou que o MST saia e desocupe a fazenda. Caso o movimento desobedeça a ordem judicial, o juiz Renan Souza Moreira fixou uma multa de R$5 mil por dia e ressaltou a autorização do uso da força para retirar os invasores.

Em julho de 2022, o presidente da Suzano Walter Schalka assinou a “carta em defesa da democracia” que incluía diversos empresários que se diziam preocupados com a polarização política do país, porém, conforme avançava a corrida eleitoral, se tornou claro que a carta favoreceu muito mais o espectro esquerdo da disputa, que se posicionava em oposição ao governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

As ações do MST voltaram a vigorar devido ao apoio declarado de Lula as reivindicações de reforma agrária do movimento e a maior possibilidade de reconhecimento político após a eleição do atual chefe do Executivo.

Os invasores tentam justificar a ocupação declarando que o combate a degradação ambiental é necessária. A coordenadora nacional do MST, Eliane Oliveira, disse ao jornal O Estado de São Paulo, que as terras da Suzano são “latifúndios de monocultura de eucalipto” e o “território baiano sofre com a destruição sistemática dos recursos naturais, como envenenamento do solo e dos rios”.

As terras invadidas são produtivas e a empresa conta com alto reconhecimento internacional de preservação ambiental. Em 2022, em Pequim (China), a Suzano foi premiada por ser empresa modelo ESE  – que significa Environmental, social and Governance. Este prêmio afirma que a administração e responsabilidade da empresa na aplicação de uma série de medidas respeitando requisitos ambientais, sociais e de governança foram bem sucedidos no ano de 2022.

Fotos de integrantes do MST destruindo áreas plantadas.

Na mesma cidade das unidades invadidas, Suzano possui uma fábrica que tem certificações que comprovam o controle e a rastreabilidade das matérias primas e do processo produtivo, bem como o selo ISO:14.001 – este selo atesta que o local conta com um sistema de gestão que respeita sólidos parâmetros de preservação ambiental.