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Preso 4 vezes por corrupção, Zé Dirceu participa de cerimônia no Congresso

O ex-ministro José Dirceu participou de uma cerimônia para celebrar a democracia, nesta terça-feira, 2, no Senado, depois de 19 anos fora do Congresso Nacional.

Dirceu se sentou na mesa diretora, ocupada por Rodrigo Pacheco e secretários que auxiliam o presidente do Parlamento. Na manhã de hoje, a sessão foi presidida por Randolfe Rodrigues, líder do governo.

Em 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Dirceu, em meio ao escândalo do Mensalão. Portanto, Dirceu voltou à Casa do Povo após 19 anos fora dela. Especula-se que o petista vai disputar uma cadeira na Câmara em 2026.

Durante um jantar de comemoração de seu aniversário, em março deste ano, Dirceu ensaiou sua volta à política ao reunir diversas autoridades, entre elas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Prisões de José Dirceu

Em maio de 2019, Dirceu voltou à cadeia, pela quarta vez, por corrupção. À época, a Justiça havia rejeitado um recurso do petista no âmbito da Lava Jato, na qual ele foi sentenciado a oito anos e dez meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro que envolveu a Petrobras.

A primeira vez que Dirceu acabou atrás das grades ocorreu em novembro de 2013, em virtude de ter sido condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no Mensalão. Em outubro do ano seguinte, o STF concedeu habeas corpus para que ele cumprisse o restante da pena em casa.

Em agosto de 2015, Dirceu se entregou mais uma vez, acusado de receber propina por meio de sua empresa, JD Consultoria e Assessoria Ltda., que faturou cerca de R$ 40 milhões entre 2006 e 2013. Em maio de 2017, porém, o STF concedeu liberdade a Dirceu, e ele voltou para a casa usando tornozeleira eletrônica.

Em maio de 2018, porém, Dirceu entregou de novo, desta vez condenado a quase 31 anos de prisão em segunda instância, pela corrupção envolvendo a JD Consultoria. Ficou cerca de um mês em reclusão, mas obteve liberdade após habeas corpus concedido pelo STF para que a prisão não se desse antes do esgotamento da análise de recursos, que questionam o tempo da pena e o momento de iniciar seu cumprimento.