A possibilidade de uma união entre os nomes fortes da direita sul-mato-grossense em um projeto para a corrida eleitoral de 2024 já está mobilizando esforços de adversários.
Depois que Adriane Lopes (PP) ganhou o apoio da ex-ministra Tereza Cristina (PP), as manobras políticas para tentar fortalecer a atual prefeita de Campo Grande, ficaram mais intensas. Nos bastidores, a pressão da senadora motivou a ida do seu suplente para uma sala da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Tenente Portela que recentemente foi nomeado como assessor no gabinete do deputado estadual João Henrique Catan (PL), deixa a equipe do deputado bolsonarista e passa a integrar o time da prefeita.
Há quem diga que o salário e os 20 cabides de emprego foram incentivos irrecusáveis para tal mudança. Amigo pessoal de Jair Bolsonaro, tenente Portela, candidato ao Senado em 2022 como suplente de Tereza, andava esquecido pelos colegas da direita após a eleição, inclusive pela própria senadora.
O seu posicionamento na reta final da disputa eleitoral em 2022 parece ter deixado Tereza e alguns colegas de partido bastante incomodados. Contrariando as orientações internas do PL em MS, Portela, assim como João Henrique e Marcos Pollon, apoiou o candidato a Capitão Contar ao governo do Estado, enquanto Tereza e correligionários do PL apoiaram o atual governador. “Estou apoiando o Contar pelo fato de que prefeitos, vereadores e deputados do PSDB e outros partidos estão fazendo campanha para o Lula e não pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o tenente quando questionado à época.
A pergunta que não quer calar é: o que está por trás dessa contratação? Nos bastidores políticos dizem que a aliança formada por nomes fortes da direita estaria incomodando muita gente e que a contratação viria para minar essa união. Nomes da ala mais conservadora em MS – como Pollon, Catan, Contar e Tavares – juntos, poderiam ser uma pedra no sapato para a candidatura da prefeita Adriane Lopes, encabeçada por Tereza.