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Projeção do FMI vê crescimento do Brasil em 2023 abaixo da Venezuela, Nicarágua e Bolívia

A economia brasileira deverá crescer 0,9% em 2023, novamente abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe, segundo projeções divulgadas nesta terça-feira (11/4) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington. O crescimento deve ser menor que o da Venezuela, por exemplo.

A projeção é menor que a do relatório anterior do FMI, de janeiro, quando se esperava crescimento de 1,2% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, mas é semelhante ao que prevê o mercado brasileiro.

Nesta segunda-feira (10/04), o relatório Focus, do Banco Central do Brasil, feito a partir de pesquisa semanal com analistas de mercado, projetava crescimento de 0,91% para a economia brasileira em 2023.

Segundo o relatório do FMI, denominado World Economic Outlook (“Perspectivas da Economia Mundial”), a média de crescimento mundial e dos países da América Latina e Caribe em 2023 será mais alta que a do Brasil, o que já havia ocorrido no ano passado.

O fundo projeta que a economia mundial deverá avançar 2,8% neste ano (a projeção de janeiro era de 2,9%) e que a região da América Latina e Caribe terá crescimento de 1,6% (levemente abaixo dos 1,8% projetados em janeiro). Considerando-se apenas os países da América do Sul, a média esperada é de 1%.

No grupo de países que inclui mercados emergentes e economias em desenvolvimento, do qual o Brasil também faz parte, a média de crescimento deverá ser de 3,9% neste ano e 4,2% em 2024. A China tem projeção de avanço de 5,2% neste ano, a Índia, de 5,9%, e a Rússia, de 0,7%.

Entre as economias avançadas, a projeção é de crescimento de 1,3% neste ano, e os Estados Unidos deverão avançar 1,6%.

As projeções para este ano, tanto para o Brasil quanto para as médias regional e mundial, são de crescimento menor do que o registrado no ano passado, e também foram revisadas para baixo desde janeiro.