O deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) está enfrentando dificuldade, por enquanto, para conseguir assinaturas suficientes para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Cassems.
O deputado conseguiu apenas três das oito assinaturas necessárias para abertura da CPI. Ele conseguiu assinaturas apenas dos deputados João Henrique (PL) e Lídio Lopes (Patriota), além de uma promessa de apoio de outro deputado. Todavia, chegaria à metade do que precisa, somando-se a assinatura dele.
Durante sessão na Assembleia, o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), e o deputado estadual Zeca do PT, que chegou a criticar a gestão da Cassems no início do ano, defenderam um convite ao presidente, Ricardo Ayache, para esclarecimentos. Ele comparecerá na Assembleia nesta quinta para esclarecimento.
As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) são instituídas a partir de requerimento assinado por um terço dos deputados estaduais. Elas devem apurar fatos determinados e por um prazo estabelecido. A CPI tem poderes de investigação semelhantes aos das autoridades judiciais, podendo exigir documentos, intimar pessoas e requisitar informações que possam contribuir para a apuração dos fatos.
Os questionamentos se intensificaram depois que servidores tiveram aumento de 25% a 40% na contribuição para o plano de saúde. Rafael Tavares sugeriu pedido de CPI para esclarecimentos sobre um déficit de R$ 17 milhões nas contas da Cassems.
Em resposta, Ayache justificou a dificuldade momentânea na instituição. “Em 2021, a Caixa dos Servidores apresentou, pela primeira vez em sua história, resultado financeiro negativo, com déficit de R$ 37 milhões. Mesmo diante do agravamento de como o represamento da demanda de atendimentos assistenciais e a inflação no mercado de saúde, no ano de 2022, a Cassems conseguiu, com muito esforço de gestão, um balanço superavitário de 18 milhões de reais, num ano em que todos os planos de saúde do Brasil apresentaram um déficit operacional de mais de 11 bilhões de reais” justificou, em nota.