Ex-governador estaria preocupado com a disputa após o Deputado Federal Beto Pereira (PSDB), perder as eleições com o apoio do ex-presidente e de diversas siglas da Capital
A nova visita de Reinaldo Azambuja (PSDB) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é a sinalização de que o ex-governador vai tentar repetir a mesma parceria que executaram nas campanhas de Eduardo Riedel (PSDB) e Beto Pereira (PSDB). O ex-governador quer contar com o apoio do PL, sigla que ele deve migrar na próxima janela, para ter Bolsonaro em seu palanque e não correr nenhum risco de concorrer contra uma eventual candidatura da “direita raiz”.
Isso ocorre principalmente, após os tucanos terem sido surpreendidos em 2022 com a ida do ex-deputado estadual, Capitão Contar (PRTB) para o segundo turno. Além disso, nas eleições de 2024, os tucanos perderam as eleições para a direita liderada pela senadora Tereza Cristina (PP), e ficaram desta vez, até fora do segundo turno.
Visto isso, Reinaldo Azambuja pretende não correr riscos e já negociou sua ida para o Partido Liberal (PL), além disso, interlocutores confirmam que o ex-governador teria ‘pedido bença’ para a senadora, tentando barrar qualquer ‘imprevisto’ nas eleições de 2026.
Outro ponto que preocupa Reinaldo Azambuja é sua alta rejeição em Campo Grande que se refletiu na eleição de Beto Pereira. O líder do ninho tucano, sabendo disso, estaria preocupado principalmente em ter que enfrentar nas urnas o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PSD), que tem grande popularidade na Capital, reduto eleitoral que Azambuja dificilmente sai vitorioso.
A preocupação do ex-governador também aumenta por conta da ex-senadora Simone Tebet (MDB), que atualmente é Ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone deve concorrer em 2026 ao Senado Federal e os bastidores apontam uma aliança entre a emedebista e o deputado federal Vander Loubet (PT), que ensaia disputar uma das cadeiras do Senado. Azambuja teme enfrentar Tebet principalmente pela influencia da mesma na região do Bolsão, e uma aliança com Vander, pode tirar o ex-governador da ‘dobradinha’.
De fato, o tucano Reinaldo Azambuja deve enfrentar a sua eleição mais complicada em anos, visto que agora a hegemonia tucana tem enfrentado rejeição crescente em alguns municípios. O ex-governador vai para o “tudo ou nada” contando que o apoio de Bolsonaro possa lhe garantir uma das duas cadeiras em disputa, mas a dúvida que fica é: até onde o apoio de Jair pode reduzir a rejeição do tucano?
