O Partido dos Trabalhadores (PT) está atento a uma possível iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em relação ao pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse tema tem gerado preocupação entre os governistas envolvidos na articulação política do Congresso Nacional.
De acordo com uma apuração do jornalista Paulo Cappelli, dois fatores principais contribuem para esse estado de alerta: o crescente tensionamento entre o governo e Lira e a ausência de uma base sólida do Planalto na Câmara.
Caso Lira opte por avançar com o pedido de impeachment, ele poderá resgatar um dos 19 requerimentos já protocolados na Casa. O último pedido, por exemplo, já obteve o apoio de 140 deputados. Apesar desse temor, membros do PT mais cautelosos acreditam que, por enquanto, o deputado não adotará uma abordagem tão agressiva. Mas não há como prever o dia de amanhã.
É importante considerar que Arthur Lira concluirá seu mandato na presidência da Câmara em fevereiro de 2025. À medida que se aproxima o fim de seu cargo, sem possibilidade de reeleição, é possível que ele fique mais propenso a se desgastar com o governo devido a demandas não atendidas.
Também é interessante observar que Arthur Lira compartilha com o ex-deputado federal Eduardo Cunha, responsável pela abertura do impeachment de Dilma Rousseff (PT), uma característica marcante: um temperamento explosivo.
Até o momento, já foram apresentados 19 pedidos de impeachment contra Lula. Os motivos variam desde sua reunião com o ditador venezuelano Nicolás Maduro no Brasil até declarações controversas relacionadas a Israel durante a guerra com o grupo terrorista Hamas, passando ainda por questões técnicas envolvendo o Orçamento.