Com um ano de volta ao Governo, Lula enfrenta críticas com os altos gastos públicos que seu governo tem feito. O Partido dos Trabalhadores (PT) enfrenta um cenário desafiador no Nordeste, tradicional reduto eleitoral. O agregador de pesquisas Ipespe Analítica revela que, atualmente, o PT não lidera em nenhuma das nove capitais nordestinas monitoradas, ficando atrás de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e de partidos do centrão.
A região, que historicamente tem favorecido o PT nas disputas presidenciais desde 2006, é uma aposta central para o partido reconquistar governos municipais, algo que não ocorre desde 2018. No entanto, a análise do Ipespe Analítica indica que a sigla se encontra em segundo lugar em cinco das nove capitais nordestinas.
Nas últimas eleições municipais, o PT não conseguiu eleger nenhum prefeito de capital, marcando o pior resultado desde os anos 1980. A ausência da sigla no comando de prefeituras de capitais tem sido uma realidade desde então.
Os dados do agregador mostram que, por enquanto, apenas o deputado estadual Fábio Novo, em Teresina, e a deputada federal Luizianne Lins, ex-prefeita de Fortaleza, apresentam competitividade contra seus adversários. Ambos são apoiados pelo PT, mas o cenário indica uma disputa acirrada nas eleições vindouras.
Os desafios do PT se acentuam em meio ao favoritismo de atuais mandatários em várias capitais nordestinas. Em Salvador, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) lidera com 38% das preferências, enquanto em Recife, João Campos (PSB) ostenta 51% das intenções de voto, segundo o Ipespe Analítica. Esses dados refletem a força de prefeitos que podem buscar a reeleição, apresentando um quadro desafiador para o PT.
Em contrapartida, o bolsonarismo também marca presença em algumas cidades, como em Salvador, onde o ex-ministro João Roma (PL) aparece como possível representante do campo bolsonarista.
Veja o cenário:
Aracaju
- Emília Corrêa (Patriota) – 28%
- Delegada Danielle (Podemos) – 18%
- Valmir Francisquinho (PL) – 11%
- Belivaldo Chagas (PSD) – 5%
- Márcio Macêdo (PT) – 3%
Fortaleza
- Capitão Wagner (União Brasil) – 33%
- Luizianne Lins (PT) – 21%
- José Sarto (PDT) – 16%
- Carmelo Neto (PL) – 6%
- Chico Malta (PCB) – 1%
João Pessoa
- Cícero Lucena (PP) – 39%
- Luciano Cartaxo (PT) – 15%
- Nival Ferreira (PL) – 14%
- Ruy Carneiro (Podemos) – 8%
- Marcelo Queiroga (PL) – 2%
Maceió
- JHC (PL) – 41%
- Alfredo Mendonça (União Brasil) – 16%
- Rui Palmeira (PSD) – 9%
- Dr. Wanderley (MDB) – 2%
- Lelo Maia (União Brasil) 2%
Natal
- Carlos Eduardo Alves (PSD) – 32%
- Natália Bonavides (PT) – 14%
- General Girão (PL) – 8%
- Paulinho Freire (União Brasil) – 5%
- Rafael Motta (PSB) – 5%
Recife
- João Campos (PSB) – 51%
- João Paulo (PT) – 13%
- Priscila Krause (Cidadania) – 7%
- Gilson Machado (PL) – 2%
- Dani Portela (PSOL) – 2%
Salvador
- Bruno Reis (União Brasil) – 38%
- Lídice da Mata (PSB) – 10%
- João Roma (PL) – 7%
- Olívia Santana (PCdoB) – 7%
- Geraldo Jr. (MDB) – 5%
São Luís
- Eduardo Braide (PSD) – 31%
- Duarte Júnior (PSB) – 23%
- Edivaldo Holanda Jr. (sem partido) 9%
- Neto Evangelista (União Brasil) – 8%
- Wellington do Curso (Podemos) – 7%
Teresina
- Sílvio Mendes (União Brasil) – 43%
- Fábio Novo (PT) – 31%
- Dr. Pessoa (Republicanos) – 4%
- Elmano Férrer (PP) – 6%
- Jeová Alencar (Republicanos) – 4%