A renda gerada pela cadeia produtiva da soja caiu 5,4%, comparando os resultados de 2023 com o ano anterior. O resultado marca o primeiro ano do governo Lula — a perda ficou em cerca de R$ 36 bilhões.
O grão é o carro-chefe do agronegócio brasileiro e a estimativa sobre a renda gerada pela soja fruto de um levantamento da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A pesquisa é encabeçada pelo Centro Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq). Trata-se do principal campus voltado para o agronegócio da USP.
A retração ocorreu em razão da redução dos preços do grãos in natura. O volume colhido aumentou 39%, mas o valor pago caiu 34%.
Renda da soja em números
O setor contempla desde os trabalhos preparatórios para o plantio até seu beneficiamento industrial, como a produção de óleo e farelo.
De acordo com os cálculos do Cepea, por volta de 6% do PIB brasileiro de 2023 veio da cadeia produtiva da soja. O setor contempla desde os trabalhos preparatórios para o plantio do grão até seu beneficiamento industrial, como a produção de óleo e farelo.
A riqueza gerada por esse segmento ao longo do ano fechou em R$ 636 bilhões. E a maior parte veio dos agrosserviços, ramo responsável pela agregação de R$ 358 bilhões. A segunda posição é do grão em si, com R$ 171 bilhões. Na sequência estão: a produção de óleo e farelo (R$ 62,7 bilhões), insumos (R$ 31 bilhões), rações (R$ 9 bilhões e biodiesel (R$ 5 bilhões).