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Saiba quanto ganham os “Capinhas” que ajustam as cadeiras dos ministros do STF

Perfilados atrás dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), 11 assistentes aguardam a entrada dos magistrados durante cada sessão presencial. Além de prestar apoio administrativo, esses funcionários puxam as cadeiras dos juízes e os acomodam enquanto eles se ajustam nas poltronas de cor bege desenhadas pelo arquiteto e designer Jerzy Zalszupin. De acordo com informações do Estadão, o salário mensal de cada um desses auxiliares é de R$ 6,4 mil.

Durante as sessões colegiadas, os 11 assistentes de plenário também atendem às ordens dos magistrados. Eles servem café, ajustam as togas vestidas pelos juízes e carregam documentos jurídicos durante os julgamentos da Corte. Nos dias sem sessões, esses servidores organizam os livros dos ministros, arquivam memoriais e providenciam cópias de pareceres e petições.

Assim como os ministros, eles também possuem uma vestimenta regimental. Os 11 assistentes usam terno, gravata e uma capa de cetim preto. Diferente da toga dos magistrados, as peças cobrem até metade das costas. Por isso, são informalmente conhecidos dentro da mais alta Corte do País como “capinhas”.

Segundo o STF, cada ministro tem direito a um “capinha”, que realiza diariamente serviços de secretariado. Eles são servidores terceirizados e recebem, mensalmente, R$ 6,4 mil.

A rotina dos “capinhas” ganhou destaque nas redes sociais em 19 de junho, quando assistentes dos ministros puxaram as poltronas para que eles se sentassem antes do julgamento sobre a reforma da Previdência de 2019. Apenas Alexandre de Moraes dispensou o auxílio dos terceirizados. Mariana Atoji, gerente de projetos da Transparência Brasil, considera a atribuição de puxar cadeiras desnecessária, exceto em casos específicos, como problemas de coluna ou ocasiões solenes.

Para o economista Gil Castello Branco, fundador da Associação Contas Abertas, a necessidade de auxiliares ajustarem os magistrados nas cadeiras reflete uma busca por demonstrar um “poder supremo”. Ele critica essa prática como prepotente e medieval, elogiando os ministros que não a adotam.