Parlamentares do PT comemoraram a decisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de se licenciar do mandato parlamentar para permanecer nos Estados Unidos
Os Parlamentares do PT celebraram a decisão do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de tirar licença do cargo no parlamento para ficar nos Estados Unidos, onde tem procurado suporte contra ações judiciais aplicadas principalmente a personalidades da direita, pelo ministro do Supremo Tribunal Superior (STF), Alexandre de Moraes.
Em um vídeo postado nas redes sociais na terça-feira (18), Eduardo anunciou que estará temporariamente e sem remuneração afastado de seu mandato. Ele se comprometeu a dedicar-se a uma “missão” contra Moraes e a buscar suporte para anistiar os participantes dos eventos de 8 de janeiro de 2023, conforme suas próprias palavras.
Os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) sugeriram que a decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos EUA foi provocada pela estratégia do PT de pressionar o STF a confiscar o passaporte do parlamentar, ao comentar o anúncio de Bolsonaro.
“A gente entrou no STF pedindo a apreensão do passaporte dele por crime contra os interesses nacionais por pressionar o Poder Judiciário. Ele é o responsável por toda uma articulação nos parlamento norte-americano. Eles aprovaram no comitê judiciário de lá uma lei específica para prejudicar o Alexandre de Moraes”, disse Lindbergh em vídeo nas redes sociais ao lado de Correia.
Os parlamentares petistas acusam Eduardo de “conspiração” junto ao Departamento de Estado norte-americano.
Para Correia, a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro a mando de Moraes seria uma medida “óbvia”.
O parlamentar do PT solicitou ainda a instalação de uma tornozeleira eletrônica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o objetivo de prevenir uma possível “fuga” do ex-chefe de estado, caso seja condenado no STF por suposto complô golpista.
Eduardo Bolsonaro estava previsto para presidir a Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Câmara. No entanto, com sua saída, o substituto mais provável é o deputado federal Zucco (PL-RS). Zucco confirmou em comunicado que Eduardo o convidou para chefiar a comissão e que ele teve o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Afirmam os direitistas que Eduardo partiu do Brasil para escapar da perseguição. Legisladores de direita expressaram seu apoio ao deputado Eduardo Bolsonaro, destacando que o propósito de sua saída do país é evitar o perseguição do STF.
“Alexandre de Moraes e o PT queriam pegar o passaporte dele para impedi-lo de continuar sua missão nos EUA, mas ele não é um homem de geleia. Baita decisão de muita coragem! Contigo até o fim, meu amigo”, disse a deputada Júlia Zanatta (PL-SC).
“Enquanto muitos escolhem o silêncio diante dos abusos de autoridade, da perseguição política e da prisão arbitrária de manifestantes do 8 de janeiro, ele decidiu agir, mesmo que para isso tivesse que deixar o país”, escreveu o deputado Filipe Barros (PL-PR) no X.
“Em tempos onde a liberdade está ameaçada e a oposição é criminalizada, sua atitude não é apenas corajosa, mas necessária, pois, no exterior, ele terá mais liberdade para falar o que, aqui dentro, é arriscado. Sua luta lá fora, portanto, é essencial para os esforços dos que estão aqui dentro. Parabéns, Eduardo, por colocar o dever acima do conforto e a justiça acima do medo. A verdade pode ser perseguida, mas jamais será calada”, completou.
“Eduardo Bolsonaro decide ficar nos EUA para continuar lutando contra a ditadura de Moraes e Cia. Sabemos que estavam armando sua prisão devido à sua atuação denunciando os abusos e arbitrariedades da ditadura. Continue firme no seu trabalho, pois ele tem sido fundamental para resgatarmos a democracia brasileira. Parabéns, Eduardo”, disse o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).