Na manhã desta quarta-feira (29), uma operação liderada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Batalhão de Choque, atingiu servidores do alto escalão do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
A operação resultou na prisão do secretário-adjunto de Educação do Governo Riedel, Edio Antonio Rezende de Castro e busca e apreensão na casa do secretário-adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Brito Neto, segundo informações obtidas pelo O Contribuinte. Thiago Haruo Mishima, nomeado como assessor especial do Governo do estado em 2022, também é um dos alvos presos da operação.
A ação, que se desenrolou simultaneamente em diversas localidades, incluindo Campo Grande e municípios do interior como Rochedo, Maracaju e Água Clara, visou desmantelar um esquema de corrupção em contratos, destacando a atuação de servidores e empresários. Ambos os secretários-adjuntos foram conduzidos à delegacia, onde enfrentarão acusações relacionadas as irregularidades.
A investigação apura esquema envolvendo corrupção aos contratos firmados na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Edio e Flávio estão no governo desde a gestão do ex-governador.
A investigação revelou que a operação concentra-se em uma empresa no Jardim Paulista, especializada em Soluções e Saúde, que mantinha mais de 40 contratos encerrados e outros dois ativos, um com a pasta da Saúde e outro com a Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS). Mandados de prisão preventiva e busca e apreensão estão sendo cumpridos, desdobrando-se também em uma empresa no Santo Amaro.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul ainda não emitiu uma nota oficial sobre a operação.