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Sessão na Assembleia Legislativa termina em bate-boca e confusão após debate sobre invasão do MST e ação policial

A sessão desta terça-feira (29) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi marcada por intensos debates e troca de farpas entre parlamentares, após a atuação da Polícia Militar em uma ocupação de propriedade rural no Estado. O tema provocou embates ideológicos e interrompeu a normalidade dos trabalhos legislativos.

Com a ausência do presidente da Casa, Gerson Claro (PP), a condução da sessão ficou a cargo do vice-presidente, Renato Câmara (MDB). No entanto, o plenário logo perdeu o controle, com sucessivos pedidos de “pela ordem” e confrontos verbais entre deputados da base governista e da oposição.

O deputado João Henrique (PL) apresentou uma moção de aplausos à atuação da polícia, o que provocou reação imediata do deputado Zeca do PT, que respondeu com uma moção de repúdio, questionando o uso da força contra os ocupantes. Em seguida, Coronel David (PL) também apresentou uma moção de repúdio, mas direcionada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), alegando que protestos não devem causar transtornos à população.

A deputada Gleice Jane (PT) contestou o posicionamento de Coronel David, questionando se o mesmo rigor se aplicava aos grupos que acamparam em frente aos quartéis em 2022, pedindo intervenção militar. O deputado respondeu que a atuação da polícia não segue motivação política, e sim a legalidade.

Foi então que Zeca do PT voltou a criticar:

“Essa história de legalidade é balela. Ficaram quatro meses acampados em frente aos quartéis, financiados por fazendeiros, e a polícia não fez nada porque não recebeu ordem do governo”, afirmou o parlamentar, acrescentando críticas à atuação da corporação.

A declaração inflamou ainda mais os ânimos. Coronel David reagiu de forma contundente:

“Não admito que um ex-governador chame a polícia de ‘droga’. Droga é o partido que o senhor representa. Droga é o senhor.”

A troca de acusações levou o vice-presidente Renato Câmara a suspender a sessão temporariamente para tentar acalmar os ânimos. Na retomada, os deputados encerraram os debates e seguiram apenas com o pequeno expediente, evitando retomar o tema polêmico.