O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira, 19, para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas por suposta tentativa de golpe de Estado.
Os três ministros integram a Primeira Turma do STF, que marcou para os dias 25 e 26 de março a análise da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado núcleo da organização criminosa, supostamente formado por Bolsonaro e sete aliados. A decisão definirá se eles se tornam réus pelos crimes denunciados.
O STF analisa quatro recursos. A defesa de Bolsonaro pediu o afastamento de Dino e Zanin, enquanto as defesas dos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes solicitaram a exclusão de Moraes e de Dino do julgamento.
Seis ministros seguiram o voto do presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que negou os recursos. Os ministros que já votaram pela rejeição são Barroso, Moraes, Gilmar Mendes, Zanin, Dino, Dias Toffoli e Edson Fachin.
Como o julgamento acontece no plenário virtual, os demais ministros têm até 23h59 desta quinta-feira, 20, para registrar seus votos. Mesmo que haja discordância, a tese contrária não pode mais vencer.