Defesa diz que não há elementos que comprovem a culpa da deputada no caso
Nesta terça-feira (21), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto. O caso é referente às acusações de invasões ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A PGR disse que a parlamentar orientou o hacker a inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, como se tivesse sido ordenado pelo próprio magistrado contra si.
Delgatti é acusado não só de invadir o sistema do judiciário, mas também de criar mandados falsos de prisão, bloqueio de bens e quebra de sigilo contra Moraes. Ele também produziu falsos alvarás de soltura em favor de pessoas presas, entre elas um líder do Comando Vermelho.
O crime aconteceu entre o final de 2022 e o começo de 2023 e, para a Procuradoria, a deputada queria “gerar ambiente de desmoralização da Justiça brasileira”.
Moraes é o relator do caso e votou para que os acusados se tornem réus. Ele foi seguido por todos os demais ministros: Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.
Desta forma, Zambelli e Delgatti Neto responderão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
DEFESA DE ZAMBELLI EMITE NOTA
Em nota, a defesa de Carla Zambelli nega as acusações e diz que não há elementos que comprovem a culpa da parlamentar no caso.
– A deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado [Delgatti] – diz parte da nota.