Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), iniciaram uma visita oficial de cinco dias em Israel no último domingo (17). Esta viagem ocorre em um momento delicado das relações entre Brasil e Israel, após críticas feitas pelo presidente Lula (PT) à ação militar israelense na Faixa de Gaza.
Durante esta semana, os governadores têm uma agenda repleta de compromissos. Na terça-feira (19), está programado um encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, seguido por uma reunião com o presidente de Israel, Isaac Herzog. Na segunda-feira (18), os governadores visitarão o local dos ataques do Hamas ocorridos em 7 de outubro, prestando homenagens e encontrando sobreviventes, incluindo um brasileiro.
Além desses compromissos, estão previstas reuniões com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, e visitas a locais históricos como o Museu do Holocausto, o Monte das Oliveiras, a Biblioteca Nacional Israelense e a Cidade Antiga de Jerusalém.
A viagem, segundo a gestão de Tarcísio, foi realizada a convite do governo de Netanyahu, com o objetivo de fortalecer os laços entre os países e promover a troca de experiências para o desenvolvimento de novas tecnologias no Estado.
Enquanto isso, o governo paulista informou que Tarcísio de Freitas terá a oportunidade de visitar a sede da Israeli Aerospace Industries, uma das mais importantes indústrias de aviação civil e militar do mundo, na quarta-feira (20), e a estação de saneamento de Shafdan, uma das mais modernas em tratamento de água e esgoto, na quinta-feira (21).
Esta visita ocorre em um momento crucial, marcado por tensões diplomáticas entre Brasil e Israel. Há exatamente um mês, o presidente Lula fez declarações polêmicas ao criticar a ação israelense em Gaza, mencionando o Holocausto. Essa controvérsia resultou em uma crise diplomática, com a declaração de Lula como persona non grata e o chamado do embaixador do Brasil em Israel de volta ao país. O retorno do diplomata ainda não tem previsão, indicando que as relações entre os dois países permanecem tensas.