O juiz Fernando Moreira de Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, determinou o bloqueio de R$ 12,5 milhões nas contas bancárias do vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra.
Serra é apontado como líder da organização criminosa, conforme as investigações o grupo criminoso fraudava licitações na Prefeitura de Sidrolândia, chegando a R$ 15 milhões.
Preso no dia 3 de abril, Serra teve o pedido de liberdade provisória concedido pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, no dia 26 de abril. A decisão do desembargador colocou algumas medidas cautelares, entre elas a de usar tornozeleira eletrônica.
Além da tornozeleira eletrônica, Serra terá ainda que:
A) Comparecer mensalmente em juízo para comprovar o endereço atual (deverá trazer cópia do comprovante de residência) e suas atividades;
B) Não frequentar bares e/ou restaurantes nem locais de aglomeração de pessoas, nem ingerir bebida alcoólica;
C) Não se aproximar das testemunhas;
D) Comparecer a todos os atos processuais dos quais for intimado
E) Proibição de se ausentar da comarca de seu domicílio sem prévia autorização do Juízo competente;
F) Monitoração eletrônica, com recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos finais de semana e feriados (das 20h às 6h), conforme endereço informado”.
O descumprimento de qualquer uma das medidas acarreta na volta imediata para a prisão.
Ex-secretário da Casa Civil tem nome citado em anotações apreendidas na casa de vereador preso
Sérgio de Paula, ex-secretário da Casa Civil e braço do direito do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), e atual secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas de Mato Grosso do Sul no Distrito Federal, teve seu nome associado a anotações encontradas durante a terceira fase da Operação Tromper, deflagrada em 3 de abril.
Operação que visa combater suposto esquema de corrupção em Sidrolândia, resultou na prisão de políticos, empresários e servidores públicos, incluindo o vereador Claudinho Serra (PSDB).
Após investigação conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), diversos cadernos e agendas com anotações foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão.
Claudinho Serra, que também ocupou o cargo de chefe de gabinete de Sérgio de Paula na Casa Civil do Governo de MS, foi apontado como líder da organização criminosa e já se tornou réu.
Embora Sérgio de Paula não seja alvo direto das investigações até o momento, seu nome foi encontrado em uma das páginas dos cadernos apreendidos, associado a documentos relativos a obras em Aquidauana e Sidrolândia, além de valores. As anotações também mencionam o nome “Claudinho”, acompanhado do valor “500.000,00”, embora não esteja claro se refere-se ao vereador.
Além disso, a empresa AR Pavimentação e Sinalização Ltda, cujo proprietário, Edmilson Rosa, é réu na ação, foi mencionada nas investigações. A empresa é acusada de participar de licitações fraudulentas promovidas pelo grupo criminoso liderado por Claudinho Serra, conforme denúncia do MPMS.