A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deu seguimento a uma ação que pode afetar diretamente o PRTB e, possivelmente, a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo. O processo, que estava suspenso há 20 dias, foi movido por Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, ex-presidente do PRTB, conhecido por suas campanhas presidenciais e posições conservadoras.
Aldineia acusa o atual presidente do partido, Leonardo Avalanche, de descumprir um acordo firmado em fevereiro deste ano. Segundo ela, o acordo previa que ela assumisse a vice-presidência nacional do partido e outros cargos de liderança, incluindo a coordenação política dos diretórios em cinco estados, incluindo São Paulo.
O conflito interno no PRTB levou o então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, a designar um interventor para organizar uma nova eleição dentro do partido. O processo foi conduzido por Luciano Fuck, ex-secretário-geral do TSE e próximo do ministro Gilmar Mendes. Embora a ação de Aldineia não mencione diretamente Pablo Marçal, sua candidatura pode ser impactada caso Aldineia vença o processo. Isso ocorre porque a comissão provisória do PRTB em São Paulo, que validou a candidatura de Marçal, estava alinhada a Avalanche.
No entanto, em 2 de agosto, a ministra Cármen Lúcia negou um pedido de medida liminar feito por Aldineia, alegando que não foi identificado o registro do acordo na ata da convenção do PRTB. Isso significa que, pelo menos por enquanto, a candidatura de Marçal não está ameaçada por essa decisão, mas o caso ainda pode ter desdobramentos que impactem decisões importantes dentro do partido. Há receio de que a candidatura do empresário seja descartada definitivamente.