(67) 9 9123-6297 | ocontribuintebr@gmail.com

Pesquisar
Close this search box.

Venezuela declara guerra diplomática ao Paraguai por apoio à democracia

Maduro isola o país ao romper relações, enquanto Paraguai reafirma apoio ao legítimo Presidente González

Em um comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela demonstrou mais uma vez sua tendência autoritária ao declarar: “A Venezuela decidiu, no pleno exercício de sua soberania, romper relações diplomáticas com a República do Paraguai e proceder à retirada imediata de seu pessoal diplomático acreditado nesse país.” Esta medida parece ser uma tentativa desesperada de silenciar vozes críticas e isolar-se ainda mais da comunidade internacional.

A declaração foi uma reação direta a uma conversa telefônica entre o presidente paraguaio Santiago Peña e o líder oposicionista venezuelano Edmundo González, onde Peña reafirmou seu apoio à oposição venezuelana. Em vez de promover um diálogo construtivo, o regime de Maduro escolheu o caminho da repressão diplomática, evidenciando sua intolerância a qualquer oposição.

No comunicado, o regime de Maduro rejeitou categoricamente a postura de Peña, comparando seu apoio a González com as ações do extinto Grupo de Lima e chamando-as de “fantasias políticas” e “ridícula aventura chamada Guaidó”. Esta retórica não só deslegitima a oposição, mas também revela um governo que se recusa a reconhecer a vontade popular expressa através de eleições contestadas e amplamente questionadas pela comunidade internacional.

Caracas já havia rompido relações com os Estados Unidos em 2019 pelo apoio ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, um movimento que teve o respaldo de cerca de 50 países, demonstrando o isolamento crescente da Venezuela sob Maduro. A política externa do regime resultou em cortes de relações com Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, evidenciando um padrão de isolamento diplomático que prejudica o próprio povo venezuelano.

Em resposta, o Paraguai exigiu a saída do embaixador venezuelano Ricardo Capella e do corpo diplomático do país, reafirmando seu compromisso com o “direito do povo venezuelano a viver em uma democracia”. Este ato do Paraguai não é apenas uma resposta diplomática, mas uma declaração de apoio à democracia e à liberdade, valores que o regime de Maduro parece desprezar.

Entenda o Caso

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, declarou nesta segunda-feira (6) seu reconhecimento oficial de Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela, após um encontro com González e María Corina Machado, destacada líder da oposição. Com esta decisão, o Paraguai se junta a outros sete países que reconheceram a vitória de González, evidenciando uma crescente rejeição internacional ao governo de Maduro.

Peña destacou a necessidade de união na América do Sul para garantir o “respeito absoluto à vontade popular”, reafirmando seu apoio à democracia e à vitória de González, apoiada por análises internacionais que confirmam a fraude nas eleições venezuelanas. Este compromisso de trabalhar com a comunidade internacional para restaurar a democracia na Venezuela sublinha a posição do Paraguai como um defensor dos valores democráticos na região.

Antes do Paraguai, outros países como Argentina, Costa Rica, Uruguai, Panamá, Equador, Itália e Estados Unidos já haviam reconhecido González como o presidente legítimo, formando um consenso internacional contra o regime de Maduro.