O vereador André Salineiro (PL), de Campo Grande, se posicionou contra a proposta de criação de cotas para pessoas trans em concursos públicos. Em declaração em suas redes sociais, o parlamentar afirmou que essa medida não representa inclusão, mas sim um novo tipo de rotulagem que, segundo ele, fere a dignidade dos indivíduos ao pressupor que não são capazes de competir em igualdade de condições.
“Você concorda com cotas para pessoas trans em concurso? Como se elas fossem incapazes de competir com qualquer um? Isso não é inclusão, é mais um rótulo”, argumentou Salineiro. Para ele, o concurso público deve seguir o princípio do mérito, e não de privilégios.
O vereador reconhece que o preconceito existe em várias esferas — por religião, condição social ou aparência —, mas defende que a resposta para esses problemas deve vir por meio da educação e não da criação de cotas específicas.
No caso das cotas sociais, Salineiro pondera que há argumentos plausíveis, mas afirma que o mesmo não se aplica às cotas para pessoas trans. Ele ressalta que transexuais merecem dignidade e igualdade no acesso a serviços essenciais, como saúde, segurança, educação e transporte, assim como qualquer cidadão, mas que isso não deve se confundir com a criação de “privilégios diferenciados”.
“Vamos combater o preconceito com educação, e não com cotas eleitoreiras. Essa é a verdade que ninguém quer dizer”, concluiu.
